Na obra Kate Moss, de Alexandre Frangioni, a modelo ícone, sempre superexposta nas mídias, aparece como que sendo “apagada”, velada, na fotografia. O artista tenta subtrair a identidade da figura conhecida, do mito contemporâneo. Ao despojar a figura de sua identidade, chama a atenção para o conteúdo. Questão de contemporaneidade, onde a relação entre mito e identidade é discutida.


O retrato duplo Duas Raças, pintado por Alfredo Andersen em 1930 em óleo sobre tela, representa duas figuras femininas unidas pelo braço. A morena, filha do artista com a esposa, descendente de indígenas brasileiros. A ruiva, sua afilhada, filha de imigrantes poloneses. Traz questões relevantes sobre o período histórico vivido pelo artista, o tema da imigração e especialmente sobre identidade. Podemos notar que na pintura de 1930, Duas Raças, as moças não se olham, e não miram o observador. Já na obra da atualidade, Kate Moss, de Frangioni, a figura contempla diretamente o público.

Você encontra a obra Duas Raças no piso térreo.