Na obra Movimentos, o artista Alexandre Frangioni fotografa em várias poses o mesmo modelo, e interfere na própria fotografia. Vela o rosto, para subtrair o indivíduo. Transforma as cores, como recurso para realçar a imagem pictórica.


Alfredo Andersen era retratista e passou grande parte da sua carreira se dedicando a esse gênero da pintura. No início do século XX, a partir de 1901, Andersen trabalhou em colaboração com um amigo fotógrafo. Fazia interferências com tinta a óleo sobre as fotografias em preto e branco, especialmente nos fundos e sobre os detalhes das flores e bordados nas roupas policromáticas. No período, seu amigo Volk retratou várias moças chamadas de Camponesas Rutenas. Rutenos foi o nome dado aos camponeses da Galícia. Algumas dessas famílias, no final do século XIX, deixaram suas terras para tentar a vida em colônias nas proximidades da cidade de Curitiba. Eram consideradas um grupo “étnico”, por compartilharem traços culturais. Andersen destacava com suas tintas os traços coloridos das vestimentas das Camponesas Rutenas. Podemos ter uma leitura hoje que o artista buscava diferenciar e destacar os traços de personalidade, a identidade, de cada uma das retratadas.

Você encontra as obras Camponesas Rutenas na sala ao lado.