Alexandre Frangioni

“Cova Rasa”, 2022

Medidas:  50 x 80 x 210 cm (A x L x P)

Cód. Identificação:  1251

Materiais: Réplicas de tijolos da Olaria imperial feitos em gesso, pigmento em pó e blocos de isopor.

“Cova Rasa”, 2022 é construído a partir do uso de réplicas de tijolos da Imperial Olaria, situada em Campinas, que em 1875 receberam a autorização de Dom Pedro I para uso do brasão imperial brasileiro nos tijolos.

Aproximadamente 230 tijolos são agrupados no chão do espaço expositivo, formando um bloco com medidas de 50 x 208 x 80 cm, que representam as medidas básicas de uma cova rasa de forma invertida com o solo.

Sobre a Série Império

“Império” tem como conceito norteador apresentar as relações entre momentos históricos e atuais do Brasil.

Se hoje vivemos um acirramento da polarização nas relações políticas e sociais, a exposição Brasil Império quer abordar a relação e/ou disputa de poder entre diferentes povos/etnias e classes sociais. Contemporaneamente, tentar entender como os valores éticos e morais de nossa sociedade atual se formaram, num contexto de miscigenação forçada de diferentes povos e culturas, talvez seja um caminho para entendermos que a representatividade de um povo não pode mais se limitar a questões geográficas.

Desta forma, as obras da série Império trazem uma contribuição à reflexão sobre os tempos atuais ao pontuar as relações entre momentos históricos e atuais no Brasil, com a intenção de abordar os impactos criados na construção dos valores cidadãos na sociedade contemporânea.

Através do uso de diferentes materiais e a representação de símbolos, tenho produzido obras a partir de narrativas sobre as questões envolvidas nos valores, tempo e memória das sociedades históricas e como eles se refletem na mentalidade contemporânea. Como em séries anteriores, a união símbolo/material promove uma investigação dos possíveis diálogos entre os efeitos das ações político-econômicas do passado e seus efeitos para a sociedade nos dias de hoje.

Sobre o Artista

Alexandre Frangioni tece relações entre as sociedades, seus valores históricos e o tempo através da memoria, utilizando materiais, imagens e objetos simbólicos, que são diretos e de fácil identificação. Surge no artista a fagulha para a discussão, através de sua obra, sobre todos os valores e como eles se relacionam com o passar do tempo, com a partição do tempo, embora o tempo continue ininterruptamente.

A visão de Alexandre Frangioni não é somente uma posição, é principalmente uma atitude diante das relações entre memória, tempo, dinheiro, valor e a real importância do humano. Nascido em 1967, atualmente vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formado em engenharia química, em 2007 iniciou sua carreira artística como autodidata e aprofundou-se nos estudos em arte sob a orientação do artista João Carlos de Souza.

Desde 2016 participa de Feiras Internacionais de Arte, nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Peru. Realizou exposições em relevantes Museus pelo Brasil, como o Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto (MARP), Museu de Arte de Goiânia (MAG), Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso (MARCO), Museu de Arte Contemporânea de Blumenau (MAC Blu), Museu Luiz Sacilotto em Santo André (Casa do Olhar), Museu de Arte Contemporânea de Jataí (MAC Jataí), Pinacoteca Benedito Calixto – em Santos, assim como de exposições alternativas tais como “#Prélocação” e “o desejo do outro” ambas em São Paulo. Possui obras nos acervos de AAL – Arte Al Limite e Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande.

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